É assim que a Bauhaus faz a festa dos 100 anos em 2019
Weimar e Dessau, as primeiras cidades da Bauhaus, vão ter novos museus em 2019.
A Bauhaus, uma das mais arrojadas escolas de arte, design e arquitectura de sempre, vai ser centenária em 2019 e o seu aniversário vai ser comemorado por toda a Alemanha. Entre as diferentes iniciativas estão a inauguração de dois museus nas cidades de Weimar e Dessau, bem como exposições, um festival de abertura em Berlim e um "grand tour" do modernismo que engloba 100 localidades em todo o país, segundo a organização (citamos o Art Newspaper).
O novo museu da Bauhaus em Weimar, cidade onde foi fundada, terá um orçamento de 22,6 milhões de euros. Já o de Dessau, para onde se mudou em 1925, dará às colecções da fundação que esta escola tem na cidade um espaço expositivo adicional de dois mil metros quadrados. Em Berlim, onde a Bauhaus se fixou definitivamente em 1932, já muito perto do fim, o arquivo que leva o seu nome também vai crescer com a construção de uma gigante torre de vidro. No entanto, ao contrário dos dois museus anteriores, só abrirá em 2021.
Mas não só de inaugurações de museus se faz a festa do centenário desta escola de arquitectura e design. O festival de abertura em Berlim centra-se na criação contemporânea, com artes performativas, música e teatro inspirados por mestres da Bauhaus como Oskar Schlemmer, entre muitos outros. Já o "grand tour" do modernismo pretende ser um precursor na Alemanha da “Rota do Modernismo” que em 2020 se espalhará a toda a Europa. Ainda antes das comemorações do centenário começarem, vai haver um espectáculo evocativo em digressão em 2017 e 2018 por Bombaim, Hangzhou, Lagos, Moscovo, São Paulo e Boston, o mesmo que em 2019 será finalmente apresentado na capital alemã.
A Bauhaus foi fundada em 1919 pelo alemão Walter Gropius e esteve activa durante a República de Weimar (1919-1933), tendo sido encerrada pelo regime nazi. Para evitar a perseguição que se adivinhava com a chegada de Hitler ao poder, vários dos arquitectos, artistas e académicos a ela associados, como Josef Albers e o próprio Gropius, emigraram para os Estados Unidos, onde continuaram a dar aulas. Apesar de apenas ter funcionado durante 14 anos, esta escola onde conviveram figuras como os pintores Paul Klee e Wassily Kandinsky e o arquitecto Mies van der Rohe, continua a ser um marco na história da arte e da arquitectura do século XX.