Equipa de transição de Trump em turbulência
Conselheiro para a segurança afastado. Media americanos falam de uma purga que estará a ser levada por diante pelo genro de Donald Trump.
A equipa de transição do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sofreu nesta terça-feira mais uma baixa com a saída do antigo congressista Mike Rogers, que tinha sido nomeado conselheiro para a segurança nacional.
Segundo a cadeia de televisão NBC News, Rogers terá sido vítima de uma “purga estalinista” que terá como alvo as pessoas próximas do antigo governador de New Jersey, Chris Christie, que depois de ter sido chamado a liderar a equipa de transição foi afastado por Trump, que o substituiu pelo vice-presidente eleito, Mike Pence.
Rogers, e outro membro da equipa de segurança nacional, Matthew Freedman que, segundo o New York Times, também foi afastado, são tidos como próximos de Christie. Mas a intriga não se fica por aqui. Dizem os media americanos que por detrás desta “purga” estará o genro de Trump, Jared Kushner, que aproveitou a maré para levar por diante uma espécie de acerto de contas familiar.
Christie era o procurador-geral de New Jersey quando o pai de Kushner foi julgado e condenado a prisão, em 2004, por evasão fiscal, entre outros crimes.
Trump já veio desmentir que algo vai mal na escolha da sua equipa. Num tweet divulgado nesta terça-feira, o Presidente eleito escreveu que o processo está a decorrer de “forma muito organizada”. “Sou o único que sabe quem são os finalistas”, acrescentou.
Mas existem também rumores de que os três filhos de Trump, que o substituirão na liderança do seu império, já se estarão a aproveitar do novo estatuto do pai para fins comerciais. O que levou a um outro tweet, este do antigo assessor de imprensa da Casa Branca, Ari Fleischer. “Um conselho de graça: párem. Não façam isso. A presidência é maior do que o negócio da família. Acabem com isso.”
Entretanto, são vários os nomes que vão surgindo nos media como possíveis membros da futura administração de Trump. Eis alguns dos candidatos prováveis apontados pela Reuters:
Secretário de Estado
- Bob Corker, senador do Tennessee e presidente do comité de relações exteriores do Senado
- John Bolton, antigo embaixador dos EUA nas Nações Unidas
- Newt Gingrich, antigo presidente da Câmara dos Representantes
- Zalmay Khalilzad, antigo embaixador dos EUA no Iraque
- Rudy Giuliani, antigo mayor de Nova Iorque e amigo de longa data de Trump
Secretário do Tesouro
- Steven Mnuchin, antigo executivo do Goldman Sachs e director financeiro da campanha de Trump
- Jeb Hensarling, congressista do Texas, presidente do comité financeiro da Câmara dos Representantes
- Jamie Dimon, executivo da companhia da JPMorgan Chase & Co
- Tom Barrack, fundador e presidente da companhia of Colony Capital Inc
Secretário da Defesa
- Michael Flynn, antigo director da Defense Intelligence Agency
- Stephen Hadley, antigo conselheiro de segurança nacional do Presidente George W. Bush
- Jon Kyl, antigo senador do Arizona
- Jeff Sessions, senador do Alabama, membro do comité das Forças Armadas do Senado.
Secretário dos Assuntos Internos
- Sarah Palin, antiga governadora do Alaska que concorreu à vice-presidência dos EUA em 2008 e um dos rostos do movimento Tea Party
- Janice Brewer, antiga governadora do Arizona
- Forrest Lucas, fundador da companhia petrolífera Lucas Oil