Via Central avança para concurso público com solução para Metro Mondego pendente

Intervenção em terrenos da Sociedade Metro Mondego custa 777 mil euros à autarquia de Coimbra.

Foto
A empreitada para a abertura da Via Central vai a concurso público e deve custar 777 mil euros aos cofres da Câmara Municipal de Coimbra Sérgio Azenha

A empreitada para a abertura da Via Central vai a concurso público e deve custar 777 mil euros aos cofres da Câmara Municipal de Coimbra. A intervenção que vai ligar a Avenida Fernão de Magalhães à Rua da Sofia, em frente ao edifício da sede da autarquia, deve demorar 270 dias a ficar concluída em 270 dias a partir da data de consignação do contrato.

Os terrenos da Via Central, que resultaram das demolições para a passagem do Metro Mondego, estão desocupados desde que o projecto para o Metro Mondego foi suspenso. Em Setembro, a assembleia da Sociedade Metro Mondego remeteu para um estudo a elaborar pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) a decisão sobre o sistema de mobilidade a instalar na região, cujas conclusões deverão ser conhecidas até Janeiro de 2017.

O lançamento do concurso público foi aprovado na reunião de executivo camarário desta segunda-feira, tendo sido passado com o voto favorável dos vereadores socialistas, abstenção da CDU e voto contra do vereador do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC). A votação decorreu numa altura em que os vereadores do PSD tinham abandonado a Sala de Sessões da CMC em protesto contra o atraso na entrega dos documentos a analisar na reunião.

O vereador do CpC, José Augusto Ferreira da Silva, questionou o timing do lançamento do concurso público, uma vez que a solução para o Sistema de Mobilidade do Mondego só deverá ser conhecida no final do ano ou no início do próximo. No projecto estão presentes componentes como gás e electricidade, “um conjunto de coisas que deveria depender do transporte que ali vai passar”, defendeu.

Assim a obra “começa em Abril e acaba em Janeiro de 2018” e passa “pelos pingos da chuva em termos eleitorais”. “Oxalá não tenha a oportunidade de concluir a obra”, disse o responsável, numa alusão às eleições autárquicas de 2017.

O presidente da autarquia, Manuel Machado, garante que a solução a adoptar será “compaginável” com o sistema de mobilidade que vier ali a passar, quer seja “BRT (bus rapid transit), pneus ou rodas de aço”.

O estudo do LNEC deve concluir o que “é óbvio há muitos anos”, sustenta Machado. “O sistema não será sustentável se fizer a ligação entre Serpins e Coimbra-B e o movimento pendular entre a Baixa da cidade” e o centro hospitalar.  

O vereador da CDU, Francisco Queirós, não acredita que “algum dia venha a existir metro com carris em Coimbra” e, por isso, entende que o investimento deve ser canalizado para a “modernização dos transportes públicos da cidade”. O responsável, em concordância com a posição da coligação a nível nacional, voltou a defender a reposição dos carris no Ramal da Lousã.

 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários