Governo acredita em acordo: “Seria mau para o país nós falharmos”
Pedro Nuno Santos diz que há "quatro partidos que trabalham permanentemente para procurar posições comuns" e é isso que vai acontecer mais uma vez.
O Governo diz que as negociações sobre o Orçamento do Estado para 2017 estão a “correr muito bem”, não dá a garantia que o documento entregue amanhã no Parlamento já tenha o acordo prévio dos partidos que apoiam o Executivo. Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares acredita, no entanto, que isso vai acontecer.
“Nós estamos a trabalhar para conseguir chegar a acordo. Com a convicção plena que seria muito mau para o país e para os portugueses nós falharmos. Nós temos essa consciência”, disse Pedro Nuno Santos, secretário deEstado dos Assuntos Parlamentares, quando questionado se há a possibilidade de o documento de amanhã não ter já o acordo de BE, PCP e Verdes.
O secretário de Estado que está no centro das negociações (enquanto António Costa está na China) acredita no entanto que o acordo é possível: “Não há aqui nada de extraordinário: há aqui quatro partidos que trabalham permanentemente para procurar posições comuns e é isso que vamos conseguir mais uma vez”, disse.
Aos jornalistas, o governante desdramatiza ficarem propostas para a discussão em detalhe, na especialidade: “Continuaremos a trabalhar na especialidade é depois da especialidade”. “A negociação faz parte deste Governo. Ela é permanente”, insistiu.
Quanto a medidas concretas, Pedro Nuno Santos não especificou, mas defendeu a ideia que “esta solução governativa não faz trocas de medidas, trabalhamos em conjunto”, quando confrontado com a possibilidade de o Executivo propor aos partidos o faseamento do fim da sobretaxa para compensar o aumento de pensões.
Nas respostas, o secretário de Estado aproveitou para responder às críticas de PSD e CDS sobre o facto de este ser um orçamento de “aumento de impostos”: “Quem percebe de aumentos brutais e recordes de impostos é o PSD/CDS”, repetiu. “Nós diminuímos em 2016 e vamos voltar a diminuir em 2017. O nível de fiscalidade aumentou nos últimos quatro anos, agora está a descer”.