Bruxelas concede licença sem vencimento a Georgieva
Para se candidatar a secretário-geral da ONU.
O presidente da Comissão Europeia decidiu esta quarta-feira conceder uma licença sem vencimento à vice-presidente Kristalina Georgieva para esta poder candidatar-se à liderança das Nações Unidas, garantindo Bruxelas que haverá uma clara "separação de águas" durante o processo.<_o3a_p>
No início da conferência de imprensa diária do executivo comunitário, o porta-voz Margaritis Schinas indicou que “o presidente [Jean-Claude] Juncker anunciou a sua decisão de conceder à vice-presidente Kristalina Georgieva uma licença sem vencimento para lhe permitir concorrer ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas”, tendo ainda decidido que o comissário Gunther Oettinger ficará “temporariamente responsável pelo portefólio do Orçamento e Recursos Humanos”, a cargo da comissária búlgara.<_o3a_p>
A decisão de Juncker, apontou, foi tomada depois de o primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, e de a vice-presidente lhe terem comunicado, nesta quarta-feira, a decisão de Georgieva ser a candidata da Bulgária à corrida a secretário-geral da ONU, e de a comissária ter solicitado uma licença sem vencimento, com o que o presidente da Comissão “concordou”.<_o3a_p>
“Durante este período, Kristalina Georgieva e a Comissão Europeia assegurarão uma separação estrita entre actividades relacionadas com a sua candidatura e o seu trabalho como membro do colégio, de uma forma absolutamente transparente”, acrescentou o porta-voz do executivo comunitário. <_o3a_p>
A Bulgária mudou a sua candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, substituindo Irina Bokova por Georgieva, anunciou o primeiro-ministro do país. “Nós acreditamos que é uma candidatura de sucesso”, disse o chefe do governo de centro-direita aos jornalistas na capital búlgara referindo-se a Kristalina Georgieva.
Kristalina Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, é considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas. Irina Bokova tinha sido proposta pelos socialistas da Bulgária e, em declarações esta manhã a uma agência búlgara, parece disponível para manter a sua candidatura.<_o3a_p>