Agência Moody's considera "baixo" o risco de novo resgate a Portugal

"A posição de financiamento do Estado é confortável", considera uma análise da agência, cuja avaliação do risco de crédito do país continua negativa.

A agência de rating Moody's considera que a possibilidade de Portugal ter de recorrer a um novo resgate financeiro é baixa, uma vez que o Governo não tem tido problemas de financiamento.

"O risco é baixo, na nossa visão. A posição de financiamento do Estado é confortável", afirmou a agência, numa análise à situação da economia portuguesa e das contas públicas, divulgada nesta terça-feira, onde acrescenta que a almofada financeira do Tesouro é "muito confortável" e que as necessidades para o resto do ano são "limitadas".

A questão de um segundo resgate emergiu na discussão pública, depois de o canal televisivo norte-americano CNBC ter perguntado ao ministro das Finanças, durante uma entrevista, se estaria disposto a fazer tudo para evitar um novo empréstimo. Mário Centeno afirmou em resposta que tem “em curso um compromisso na frente orçamental e uma redução na despesa pública que vai nesse sentido”.

A Moody’s refere também que as metas orçamentais deste ano não deverão ser cumpridas pelo Governo, ainda que estime que o défice das contas públicas deva "estabilizar abaixo de 3%" do Produto Interno Bruto, o que a Moody's considera um "desempenho melhor" do que outros países da zona euro.

A Moody's é uma das três maiores agências mundiais que avaliam o risco de crédito e atribui a Portugal o rating de Ba1 ('lixo'), com perspectiva estável.