Cristo Redentor iluminado com cores de Portugal na visita do Presidente da República
A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foi na quarta-feira à noite iluminada durante cerca de trinta minutos com as cores nacionais de Portugal por ocasião da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Lindo, lindo. Durante 15 minutos, o Cristo Redentor com as cores de Portugal foi uma experiência única. Estavam ali centenas de portugueses e brasileiros - aliás, todos me empurrando para ver - e foi um momento único", resumiu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
O Presidente encontrou-se com a comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, numa recepção em que participaram centenas de pessoas, incluindo o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), o ministro da Cultura do Brasil, Marcelo Calero (PMDB), e a escritora Nélida Piñon, no Palácio de São Clemente, o Consulado português, situado no bairro de Botafogo.
O Palácio tem vista privilegiada para o morro do Corcovado, onde a estátua do Cristo Rei acabou por estar iluminada de vermelho e verde durante cerca de meia hora, quase o dobro do tempo previsto.
Depois de falar aos convidados, Marcelo foi rodeado durante mais de uma hora, respondendo a pedidos de beijos e abraços e aceitando tirar fotografias. O cantor e compositor português Fernando Tordo, que emigrou para o Brasil em 2014, aos 65 anos, foi um dos convidados a quem o Presidente abraçou.
"Apareça no Recife", disse Marcelo a Tordo, já que o músico vive na capital do estado do Pernambuco, onde o Presidente da República termina na segunda-feira a sua visita de seis dias ao Brasil.
O Presidente, que neste primeiro dia de visita começou a falar com algum sotaque brasileiro, reiterou perante o prefeito do Rio de Janeiro que os Jogos Olímpicos já são "um sucesso".
"Muitos puderam duvidar, duvida-se sempre. Nós, portugueses, nunca duvidámos. Nós sabíamos que ia ser um sucesso para o Rio de Janeiro, ia ser um sucesso para o Brasil", afirmou.
Naquele que considera fazer parte do "território espiritual de Portugal", o Presidente conviveu com gerações mais jovens e as mais antigas de portugueses, que chegaram ao Rio de Janeiro nas décadas de 1959, 1960, 1970 e 1980.
À saída, aos jornalistas, assumiu a pronúncia: "Eu quando quero sei falar com sotaque brasileiro. Tenho todos os meus netos vivendo em São Paulo, quando eu quero faço como diz o meu neto Francisco, tanto falo português de Portugal como falo português do Brasil, é uma questão de adaptação".