Colégios privados voltam a manifestar-se em Coimbra
Em Coimbra, oito dos nove colégios privados com contrato de associação são afectados pela medida governamental.
Vestidos de amarelo, cerca de 300 professores, encarregados de educação e alunos de colégios com contratos de associação aproveitaram a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, em Coimbra, para voltar a manifestar o desagrado com a decisão do Governo em não financiar turmas de início de ciclo nestas instituições.
Nas bermas da Rua Larga, que dá acesso à Universidade de Coimbra, os manifestantes cantaram o hino nacional mais do que uma vez, empunharam cartazes de protesto e entoaram palavras de ordem como “liberdade”, “igualdade” e “excelência”.
Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a reforçar a mensagem de “paciência e espírito democrático” que já tinha referido no início da semana. O Presidente disse acreditar no “bom senso e aproximação de pontos de vista” e manifestou a “mesma esperança de há alguns dias atrás”. O antigo primeiro-ministro António Guterres falou na necessidade de “definir a educação como uma prioridade absoluta”, não se pronunciando sobre “questões de uma política concreta” e António Costa saiu de Coimbra sem prestar declarações.
Primeiro a chegar à cerimónia de doutoramento Honoris Causa de António Guterres, António Costa foi directamente para a Porta Férrea, tendo sido recebido com vaias, apupos e gritos de “covarde” pelos manifestantes. A viatura que transportava Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao mesmo local poucos minutos depois, mas o chefe de Estado foi recebido de forma mais calorosa, com aplausos.
No concelho de Coimbra, oito dos nove colégios privados com contrato de associação são afectados pela medida governamental.