Dois alunos afastados por “tentativa de abuso sexual”

O caso mais recente ocorreu no ano lectivo passado.

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Rui Gaudêncio

Nos últimos três anos, o Colégio Militar afastou dois alunos por “tentativa de abuso sexual” de colegas, afirmou ao PÚBLICO José Cordeiro de Araújo, presidente da Associação de Antigos Alunos do Colégio Militar.

O caso mais recente ocorreu no ano lectivo passado depois de um estudante ser acusado de tentar abusar de vários rapazes. O segundo deu-se em 2013/2014 quando o colégio abriu portas às raparigas e deu como provado que um estudante agiu, de forma imprópria e grave, sobre uma das novas alunas.

Em defesa da instituição, Cordeiro de Araújo explica que estes alunos tiveram comportamentos que violaram o regulamento interno do colégio, que proíbe “a manifestação de afectos que possam comprometer um ambiente pedagógico saudável”. E ali essas infracções são severamente penalizadas: “Num regime de internato, as práticas sexuais têm de ser particularmente acauteladas, pois é preciso garantir a segurança dos alunos e a confiança dos pais na comunidade educativa”, sublinha. “Isso até 2013 aconteceu entre rapazes porque só havia alunos. Agora também acontece perante comportamentos intrusivos com raparigas. O que está em causa é a confiança entre estudantes”, relata.

Em ambos os casos, os estudantes não foram liminarmente expulsos. “Os pais foram chamados e os alunos aconselhados a afastarem-se porque violaram o regulamento interno e a confiança dos colegas”, conclui.

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