Acções do BPI encerraram a perder 7,64%, abaixo do preço da OPA

BPI aguarda decisão do BCE sobre sanções relativas à exposição a Angola.

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A nova legislação foi aprovada depois do desacordo no BPI, banco liderado por Fernando Ulrich (na foto) Ricardo Brito/Arquivo

As acções do BPI, cuja negociação em bolsa foi levantada por volta das 15h, encerram esta terça-feira a perder 7,64%, para 1,10 euros, abaixo do valor oferecido na oferta pública de aquisição (OPA) lançado pelo Caixabank, que é de 1,113 euros por cada título.

O levantamento da suspensão, que se mantinha desde a segunda-feira da semana passada, aconteceu depois de um esclarecimento ao mercado, onde o banco garante que “não está, neste momento, a ser sujeito a qualquer sanção pecuniária temporária do Banco Central Europeu” (BCE), na sequência da exposição a Angola, que deveria ter sido reduzida até ao passado dia 10 de Abril.

No esclarecimento divulgado nesta terça-feira, ao início da tarde, por solicitação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco diz estar a aguardar decisão final do BCE sobre a questão das multas, que a instituição liderada por Fernando Ulrich considera que não devem ser aplicadas. O valor da multa pode atingir o máximo de 162 mil euros por dia, durante seis meses.

De acordo com o esclarecimento, que foi determinante para o levantamento da suspensão das acções, o BPI alegou junto do BCE “não estarem reunidas as condições previstas na regulamentação aplicável para a aplicação de uma sanção pecuniária temporária e que, ainda que assim não se entendesse, tal sanção, a ser aplicada, deveria assumir um montante muito inferior ao máximo previsto na regulamentação aplicável”.

O banco aguarda decisão do BCE, lembrando ainda que “da referida decisão, se a mesma for no sentido da aplicação de uma sanção pecuniária temporária, cabe pedido de revisão para a Comissão de Reexame do BCE e recurso para o Tribunal de Justiça da União Europeia”.

De referir que a decisão do BCE decorre da ultrapassagem do limite dos grandes riscos relacionada com exposições à República de Angola e ao BNA, denominadas em kwanzas, e que deveria ser corrigida até 10 de Abril de 2016.

As acções, suspensas desde segunda-feira da semana passada, iniciaram a negociação pouco antes das 15h15, a desvalorizar 8%. A CMVM decidiu colocar um ponto final na suspensão da negociação "por terem cessado os motivos que justificaram a suspensão", refere o regulador numa nota publicada no seu site.

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