Há menos jovens a abandonar a escola sem terem o secundário
Taxa de abandono precoce voltou a cair em 2015.
A taxa de abandono precoce de educação e formação caiu para 13,7%, em 2015, quase quatro pontos percentuais, quando comparado com o valor de 17,4%, registado em 2014, anunciou nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com uma actualização de dados publicada no portal do INE, a taxa de abandono precoce entre os jovens residentes no país, com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, caiu 3,7% no ano passado, ficando mais próxima da meta de 10% estabelecida para Portugal, no âmbito do programa comunitário Horizonte 2020. Em 2014, apesar dos progressos registados, Portugal era ainda o 5.º país da Europa com a maior taxa de abandono precoce, sendo apenas superado pela Turquia, Roménia, Espanha e Malta.
Este indicador mostra qual a percentagem de jovens, entre os 18 e os 24 anos, que deixou de estudar sem completar o ensino secundário. Há 10 anos eram 38,5%.
A taxa de abandono continua a ser mais elevada entre os homens do que entre as mulheres, com valores em 2015 que variam entre os 16,4%, para os homens, e os 11%, para as mulheres.
Em 2014, os valores fixaram-se em 20,7%, para os homens, e 14,1%, para as mulheres.
Se se tiver em conta apenas o território continental, a taxa fica quase sempre cerca de um ponto percentual abaixo do total nacional, mas olhando para os valores das regiões autónomas de forma isolada, as ilhas têm um desempenho bastante mais fraco neste indicador. Na região da Madeira, em 2015, cerca de um em cada quatro jovens, entre os 18 e os 24 anos (23,6%), tinha abandonado o seu percurso de educação ou formação.
A Madeira foi, aliás, a única região do país a registar um aumento da taxa de abandono precoce, de 2014 para 2015, passando dos 22,7% para os 23,6%. Já nos Açores, a taxa de 2015 fixou-se em 28,8%, abaixo dos 32,8% de 2014.