Sinatra no papel
Sinatra precisa de livros inteiros, da mesma forma que precisava de álbuns.
O pior e mais vápido infográfico de sempre acerca de Frank Sinatra é o que está no blogue da Oxford University Press (que costumava ser uma boa editora).
Hoje Sinatra faria 100 anos de idade. A vida dele foi quase tão interessante como a música. Mas, felizmente, há bons livros para ler sobre tudo o que cantou, fez, barafustou e conseguiu.
Há uma boa biografia (em 2 volumes) de James Kaplan, uma magnífica apreciação da toda a obra musical por Will Friedwald, um ensaio sobre Sinatra e a cultura popular americana escrito por David Lehman, uma extravagante memória pessoal de George Jacobs que foi mordomo dele e, para quem não resiste, um belo livro de fotografias inéditas organizado por Charles Pignone.
Nos últimos tempos tem havido muitos artigos e crónicas sobre Sinatra mas são necessariamente frustrantes: Sinatra precisa de livros inteiros, da mesma forma que precisava de álbuns.
Se tivesse de escolher só um seria Sinatra's Century: One Hundred Notes On The Man And His World de Lehman, por ser recente, rápido e cintilante. Seguir-se-ia o fascinante segundo volume (Sinatra, The Chairman) da de James Kaplan: uma obra-prima da escrita biográfica. Para a música o sábio e divertidíssimo Will Friedwald (Sinatra! The Song Is You: A Singer's Art) consegue ascender criticamente à altura de Sinatra.
Mr S, contudo, é gloriosamente indiscreto, escandaloso e emocionante... Talvez o álbum de fotografias seja o único que não é imprescindível.