Demorou mais de dois anos, depois de vários pedidos recusados, mas o PÚBLICO teve enfim acesso ao “dossier Crivelli”, que reúne toda a informação sobre o polémico caso que envolve um quadro deste mestre da Renascença italiana. Mas só perante uma ordem do Supremo Tribunal o Governo acedeu a mostrá-lo. Percebe-se. Nele está o parecer de um advogado, até hoje mantido em segredo, que desmonta ponto por ponto as falhas do então secretário de Estado da Cultura (SEC). Este autorizou que o quadro saísse do país, para venda, apesar das restrições que obrigavam à sua permanência em Portugal. Isto sem documentos a anular tais restrições nem a justificar a decisão tomada. Apenas uma carta, e assinada pelo chefe de gabinete do SEC. Isto ajuda, pelo menos, a clarificar perante a opinião pública um processo que não findou e onde foram violadas quatro instâncias da lei. Uma vitória do jornalismo sobre a falta de transparência.
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