Com o início da época a aproximar-se a grande velocidade, o internacional italiano, actualmente ao serviço do Liverpool, ainda não sabe em que clube irá jogar. Contratado ao Milan há um ano, por 20 milhões de euros, apenas marcou quatro golos em 28 partidas. Números que não convenceram ninguém. Nem os adeptos dos reds, nem o treinador Brendan Rodgers.

“Não sei se ele tem futuro no Liverpool. Isso vai depender apenas dele. Vamos ver o que vai acontecer no início desta temporada. A época passada não foi positiva, tivemos de garantir que este ano iríamos ter mais qualidade no plantel. Qualidade, mentalidade e ambição”, sublinhou o líder técnico do histórico emblema de Anfield Road.

Sendo assim, o que fazer com Mario? As alternativas não são muitas. Ou fica em Liverpool, clube com o qual tem contrato até 2017, correndo o risco de passar o tempo a treinar-se… sozinho, ou então transfere-se para clubes de menor nomeada. Sampdoria e Bolonha já demonstraram interesse no jogador de 25 anos.

O problema está no alto vencimento que o avançado aufere, entre cinco a seis milhões de euros por época. O desespero é tal, que a direcção dos reds está disposta a pagar 60% do ordenado do italiano. Há um ano, quando “Balo” foi contratado ao Milan, ficou estipulado no contrato do jogador uma cláusula de lealdade na qual o ponta-de-lança receberia um bónus sempre que continuasse no clube após o fecho das duas janelas do mercado de transferências, relata o Guardian.

A menos de um ano do Europeu em França, a margem de manobra de Balotelli é quase nula: ou arranja um novo clube e começa a jogar com regularidade, ou irá ver os jogos da azzurra pela televisão.

“Já disse ao Mario que tem contrato de quatro anos e eu não vou levá-lo a lado nenhum: “ou deixas o Liverpool por um valor entre os 60 a 70 milhões de euros ou morres aqui’”, revelou à Gazzetta dello Sport o controverso empresário do avançado, Mino Raiola.

Roberto Mancini foi o primeiro treinador a apostar em Balotelli, quando este brilhava ao serviço dos juniores do emblema do norte de Itália. Apesar do apreço que nutre pelo internacional transalpino, está totalmente descartada a possibilidade do jogador regressar ao clube que o formou. E Mancini explicou porquê. “Balotelli é uma boa pessoa e faz as coisas com o coração mas a única coisa da qual tenho a certeza é que quem o treinar deverá receber o dobro”, sublinhou recentemente ao Corriere della Sera o técnico dos nerazzurri.

Mais radical foi Francesco Totti. O capitão da Roma, que dividiu o balneário com o avançado na selecção de Itália, afirma que o jogador é um caso perdido.   

“Eu não daria conselhos a Balotelli. Toda a gente tenta, mas a verdade é que ele não ouve ninguém”, atirou.

Mordaz nas críticas a “Super Mario” foi também Paolo Di Canio. O antigo jogador do West Ham e da Lazio não tem pejo em dizer que o avançado não tem salvação.

“Balotelli ainda é jovem, fisicamente é forte, mas nunca usou todo o seu potencial. Mario tem muita qualidade e espero, do fundo do meu coração, que ele possa dar a volta por cima, mas presumo que será muito difícil, porque ele gasta muito tempo nas redes sociais. Diversos técnicos tentaram mudá-lo. Mancini foi um pai para ele no futebol, mesmo ele não o quer de volta no Inter. Mourinho percebeu-o desde o início. Mario pensa que o futebol é agarrar na bola, impressionar de alguma forma e deixar que os colegas de equipa corram por ele. Não, o futebol é sacrifício”, considerou Di Canio, em declarações ao site Talksport.

Com a saída de Mario Gomez para o Besiktas, foi ventilado o interesse de Paulo Sousa e da sua Fiorentina em “Super Mario”. No entanto, a notícia foi mal recebida em Florença.

“És um homem sem honra, Florença não te quer”, podia ler-se num cartaz exposto nas imediações do Estádio Artemio Franchi. A contestação foi tanta que os “Viola” viraram-se para o croata Nikola Kalinic, que jogava no Dnipro.

Além do Liverpool, Inter de Milão, Manchester City e Milan foram os clubes que apostaram no talento de Balotelli. Falta saber qual será o próximo a arriscar.