Direita leva vantagem mas desfecho das eleições na Dinamarca ainda é incerto
Resultados da Gronelândia e das Ilhas Feroé podem fazer pender a balança eleitoral para a esquerda.
Os resultados dos territórios autónomos da Gronelândia e das Ilhas Feroé, onde as urnas fecham mais tarde, podem fazer pender a balança eleitoral para o centro-esquerda da actual chefe do Governo, Helle Thorning-Schmidt, segundo as projecções das televisões.
Um estudo divulgado pela televisão pública DR indica que os sociais-democratas de Thorning-Schmidt foram o partido mais votado, com 25,7%. Mas o conjunto de partidos de centro-esquerda, seus aliados, agrupados no Bloco Vermelho, ficar-se-ia pelos 86, menos três do que os do Bloco Azul, de direita, de Lars Lokke Rasmussen.
Outra sondagem, da TV2, atribuía aos partidos de direita uma vantagem de apenas um lugar no Parlamento – 88 contra 87. O Parlamento, o Folketing, é composto por 179 deputados. Segundo esta estação privada, os quatro votos dos territórios autónomos (dois cada), deverão fazer pender a balança eleitoral para a esquerda, permitindo a manutenção de Helle Thorning-Schmidt na chefia do Governo.
As sondagens dos últimos dias previam já uma acesa disputa. Nas eleições de 2011, Helle Thorning-Schmidt ganhou o cargo de primeiro-ministro a Rasmussen, líder do Governo entre 2009 e 2011.
O Bloco Vermelho é composto por sociais-democratas, sociais-liberais, Partido Popular Socialista, Aliança Verde-Vermelha e Partido Alternativo. Do Bloco Azul fazem parte os liberais do Venstre, partido de Rasmussen, os populistas do Partido Popular Dinamarquês, a Aliança Liberal, o Partido Conservador do Povo e os democratas-cristãos.
A participação eleitoral é tradicionalmente elevada na Dinamarca. Nas legislativas de 2011 votaram 87,7% dos eleitores.