PTP/AGIR reúne apoios de outros partidos e movimentos
O acordo entre partidos tem como missão a "criação de uma alternativa credível" nas próximas eleições legislativas.
Com a assinatura deste acordo, a coligação PTP/AGIR conta agora com o apoio do PDA (Partido Democrático do Atlântico) e dos movimentos Nova Governação, Somos Santa Maria da Feira, Somos Lamas, do Movimento contra as SCUTS, do Movimento dos Brasileiros votantes em Portugal, do IBS (Instituto dos Bairros Sociais) e ainda de um grupo de activistas que participou na resistência contra o regime salazarista na LUAR.
Esta abertura a outros partidos e movimentos deve-se à “necessidade da criação de uma alternativa credível”, refere Amândio Madaleno, presidente do PTP, partido "anfitrião" do AGIR. Frisa ainda que angariação de apoios está aberta a “todos os interessados” que tenham “ideias próprias e uma visão que se adeqúe às ideias desta coligação”. “Tal como o nome da coligação indica, é tempo de agir. Temos de actuar”, afirma.
A coligação PTP/AGIR vai concorrer “em todos os círculos eleitorais nas próximas eleições legislativas”, algo que se torna possível graças à ajuda dada por Joana Amaral Dias e pelos elementos que a nova secretária-geral consegue associar ao partido. Amândio Madaleno conta que, nas anteriores eleições legislativas, o PTP já tinha apresentado listas a todos os círculos eleitorais, com excepção de dois por “motivos burocráticos”.
A escolha dos candidatos a apresentar nas listas para as legislativas será feita nas assembleias de cidadãos promovidas pelo PTP/AGIR. Neste caso, são os participantes das mesmas que escolhem quem deve apresentar-se às eleições pela coligação. No entanto, caso não seja possível encontrar candidatos para todos os círculos eleitorais nestas assembleias, a escolha será feita “em unanimidade com os dirigentes da coligação”. “Estamos abertos a todos os cidadãos que se revejam nas ideias do PTP/AGIR e que tenham facilidade na dicção e uma capacidade em congregar as pessoas no nosso projecto”, revela o presidente do PTP.
A coligação PTP/AGIR mostra-se assim disponível para “congregar mais movimentos sociais, forças políticas e cidadãos” que se manifestem de acordo com o “enorme consenso” que existe na sociedade portuguesa acerca da “necessidade de acabar com a corrupção que mina a democracia”. O AGIR afirma é necessário defender os serviços públicos, uma vez que estes “permitem uma maior igualdade de oportunidades”, e defende que não devem ser os negócios “que comandam a política” a decidir as condições económicas em que se vive, mas sim os cidadãos que por elas [condições económicas] são afectados.