Campanha quer reduzir para zero os acidentes de mergulho
Desde 2012 verifica-se uma diminuição das ocorrências. Mas o objectivo é reduzir para zero o número de acidentes.
A campanha de sensibilização, iniciada em 2013 numa parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, irá percorrer 3000 escolas de todo e país e, este ano, marcar presença em festivais de Verão, onde disponibiliza informações preventivas.
Na apresentação da campanha, o subdirector do Departamento de Qualidade e Inovação da SCML aproveitou para explicar que o objectivo é sensibilizar a população mais jovem, que é quem está mais exposta a estes riscos, para a “práctica imponderada de mergulho” em praias e piscinas, prevenindo assim lesões permanentes.
Um estudo prospectivo acerca da época balnear, em 2012, aponta que 87% dos acidentes de mergulho tenham acontecido a jovens do sexo masculino, 93% dos quais entre os meses de Julho, Agosto e Setembro. “Curiosamente”, afirma Lídio Lopes, 100% “em períodos de lazer e não em práticas desportivas”. Mais de metade dos jovens apresentavam uma idade inferior a 29 anos. Ainda assim, entre 2013 e 2014, verificou-se uma diminuição do número de ocorrências para 17,6%.
Entre as recomendações para um mergulho seguro, a campanha recomenda, por exemplo, conhecer a profundidade do local onde se mergulha e pede que as pessoas evitem fazê-lo em locais desapropriados, a “partir de rochas, margens de lagos ou rios”. Recordando que, quem não o fizer corre o risco de “morrer ou ficar gravemente incapacitado”.O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Pedro Santana Lopes, reforça a importância da SCML para o avanço na investigação científica e o papel do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão no tratamento deste tipo de acidentes.
