Um mês após a morte de Manoel de Oliveira chega às salas aquele que ficará como o seu “filme póstumo”. Mas Visita ou Memória e Confissões não é um filme tardio do realizador, é antes uma obra concluída há trinta e três anos, logo depois de terminar Francisca. Só que Oliveira fê-la com a intenção de ser apenas vista após a sua morte. O que quer dizer que, para lá dos traços testamentários e de síntese dos seus últimos filmes (sobretudo O Velho do Restelo), havia outro “testamento” guardado para que o público consumasse nele um reencontro póstumo com o realizador. Oliveira, ao fazer tal filme aos 73 anos, antevia-o um dos últimos. Enganou-se, faria muitos mais. Mas Visita, como escreve nesta edição o crítico Luís Miguel Oliveira, conterá “alguns momentos tão fulgurantes como os mais fulgurantes momentos da sua obra conhecida até agora” e isso pode transformar este reencontro num início de redescoberta.
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