Dirigentes sindicais da PSP acusados de desvio de 16 mil euros
Presidente e vice-presidente do Sinapol acusados pelo Ministério Público de abuso de confiança. Em causa estará o desvio de subsídios do Programa Operacional da Administração Pública. Ambos requereram instrução do processo para evitar ida a julgamento.
De acordo com o jornal i, que citou a acusação do MP, os dois dirigentes terão usado em proveito próprio montantes que se destinavam exclusivamente ao pagamento de formações destinadas a agentes da PSP. Os arguidos já requereram há cerca de duas semanas a abertura da instrução no processo com vista a não serem pronunciados e evitar a ida a julgamento.
“Os arguidos retiraram os montantes acima descritos para proveito próprio e do Sinapol para fim alheio ao que se destinava. Os arguidos agiram com o propósito concretizado de se apoderarem dos montantes acima referidos, bem sabendo que não lhes pertenciam e que apenas lhes foram entregues para pagamento de despesas elegíveis das formações”, refere o despacho de acusação. Entre 2006 e 2007, o sindicato recebeu mais de 110 mil euros divididos em quatro entregas.
Face à notícia, a direcção do Sinapol salientou em comunicado que aquele montante “está perfeitamente identificado e alocado a despesas tidas em 2006 com a formação, confirme auditoria da Inspecção-Geral de Finanças efectuada à ordem do próprio POAP e que já foi prontamente remetida como prova de defesa pelos advogados do Sinapol para o tribunal”. O sindicato reafirmou a confiança no presidente e vice-presidente considerando que está em curso uma “campanha difamatória e de vingança, pela sua incessante actividade sindical na defesa dos direitos dos polícias”.