Estados Unidos movimentam porta-aviões para o largo do Iémen
Pentágono diz que manobra visa garantir a segurança das rotas marítimas vitais para a região.
O Theodore Roosevelt, que estava estacionado no golfo Pérsico no âmbito das operações contra o Estado Islâmico, navegou pelo estreito de Ormuz até ao golfo de Aden, aproximando-se do Sul do mar Arábico, detalhou o Pentágono.
O porta-voz da secretaria da Defesa, coronel Steven Warren, negou informações que atribuíam as manobras marítimas a uma suposta missão de intercepção de navios iranianos, alegadamente carregados com armamento destinado aos combatentes rebeldes xiitas huthis. “Essa informação não é correcta”, desmentiu.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, recusou comentar a presença de embarcações americanas em águas iemenitas, mas exprimiu a preocupação da Administração pelo “apoio continuado” do Irão à insurreição huthi. “Há provas do fornecimento de armas aos rebeldes huthis a partir do Irão. Esse apoio só contribui para o recrudescimento da violência naquele país e para a desestabilização do Médio Oriente”, observou, acrescentando que a diplomacia norte-americana já deu conta da sua preocupação aos líderes iranianos.
Com a movimentação do porta-aviões Theodore Roosevelt, os Estados Unidos elevam para nove os navios militares na proximidade do Iémen, um país em conflito e em situação de desagregação, resultado do avanço da insurreição huthi, da cisão militar entre os apoiantes do actual Presidente Abd Mansour Hadi e do ex-líder Ali Abdullah Saleh e ainda da presença de grupos jihadistas, nomeadamente da Al-Qaeda na Península Arábica ou o Estado Islâmico.
A deterioração da situação levou a Arábia Saudita e uma coligação de aliados na região a lançar uma operação aérea contra os rebeldes huthis no Iémen, há quatro semanas.
As forças norte-americanas não estão envolvidas em acções de combate aéreo, mas participam na missão através do apoio logístico e de recolha de informação para a campanha saudita.