Obama quer retirar Cuba da lista dos países que patrocinam terrorismo
Casa Branca anuncia acção que poderá abrir espaço ao recomeço de relações diplomáticas.
Cuba integra esta lista do Departamento de Estado dos EUA há mais de 30 anos. Neste momento, diz o diário norte-americano, é partilhada apenas pelo Irão, Sudão e Síria.
A notícia segue-se a uma série de passos de aproximação entre os EUA e Cuba e, se concretizada, significará a eliminação de um grande obstáculo ao recomeço de relações diplomáticas entre os dois países.
No fim-de-semana, Obama reuniu-se com o Presidente cubano, Raúl Castro, à margem da Cimeira das Américas no Panamá. O encontro, que foi o primeiro entre líderes dos dois países em mais de 50 anos, durou uma hora. Entre os pontos abordados estava justamente a inclusão de Cuba nesta lista, que Obama prometeu analisar.
O facto de estar na lista dificulta o acesso do país aos mercados financeiros. Nas relações com os EUA, foi um dos pontos que Cuba exigiu alterado para que se avançasse com a reabertura de embaixadas.
O Departamento de Estado concluiu que Cuba não patrocina actividades terroristas há seis meses, a condição para que seja incluída na lista, abrindo assim caminho a uma alteração.
A ideia encontra, no entanto, forte oposição dos republicanos e poderá ser desafiada pelo Congresso.
O país só poderá sair da lista depois de um período de 45 dias em que a Câmara de Representantes e o Senado podem considerar uma resolução para bloquear a remoção de Cuba da lista. Alguns republicanos já criticavam a potencial retirada mesmo antes de esta ser anunciada.