Governo da Tunísia acusa Al-Qaeda pelo atentado no museu Bardo

Autoproclamado Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque que matou 21 pessoas, mas as autoridades dizem que isso foi "propaganda".

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O ataque fez 21 mortos, entre os quais 20 turistas e um polícia Zoubeir Souiss/Reuters

"O Estado Islâmico louvou este acto para efeitos de propaganda, mas quem o organizou no terreno foi a brigada Uqba ibn Nafi, ligada à Al-Qaeda no Magrebe Islâmico", declarou o porta-voz do Ministério do Interior, Mohamed Ali Arui. A brigada Uqba ibn Nafi protagoniza uma revolta jihadista na fronteira com a Argélia e investe regularmente contra soldados e agentes da polícia tunisina na região do Monte Chaambi.

O ataque, que ocorreu no dia 18 de Março, fez 21 mortos, entre os quais 20 turistas e um polícia. Apesar da declaração do Governo tunisino, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, e até agora o braço da Al-Qaeda não fez qualquer declaração pública.

A Al-Qaeda no Magrebe Islâmico e o autoproclamado Estado Islâmico são considerados grupos rivais e disputam entre si o recrutamento de potenciais jihadistas.

O Governo tunisino anunciou também nesta quinta-feira que desmantelou a "80% da célula terrorista" a quem atribuiu a responsabilidade pelo ataque, ainda que pelo menos quatro suspeitos continuem desaparecidos – dois marroquinos, um argelino e um tunisino.

Ao todo, as autoridades da Tunísia detiveram 22 homens e uma mulher, todos tunisinos, suspeitos de "integrarem uma célula terrorista", disse o próprio ministro do Interior, Najem Gharsalli.

Um dos suspeitos que não foi detido – o tunisino Maher Ben Moldi Kaidi – é acusado de ter fornecido as armas automáticas aos dois atiradores que mataram 21 pessoas no ataque

O homem suspeito de liderar a célula terrorista foi identificado como Mohamed Emine Guebli, mas o Governo da Tunísia diz que "a operação foi dirigida por Lokmane Abu Sakhr, um líder jihadista argelino que é um dos dirigentes da brigada Uqba ibn Nafi".

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