Ébola: Portugal vai ter campanha de informação e simulacros nacionais
Proposta distribuição de cartazes e folhetos por lojas do cidadão, câmaras e juntas de freguesia, salas de espectáculos, escolas e igrejas.
Na reunião foi apresentada uma proposta do já anunciado plano de comunicação, o qual, à semelhança do que aconteceu com a gripe A, prevê a constituição de uma lista de especialistas disponíveis para falar com a comunicação social e a convocação de conferências de imprensa sempre que se justifique. Será justamente numa conferência de imprensa que será divulgado de uma forma “célere” o primeiro caso que venha eventualmente a ser confirmado da doença em Portugal, com a presença do ministro da Saúde. Os casos seguintes serão comunicados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Além de anúncios nas televisões, rádios e jornais, o plano prevê ainda a disponibilização de cartazes e folhetos “com informação clara em várias línguas” numa multiplicidade de locais - não só em hospitais e centros de saúde, mas também em serviços públicos de atendimento, como lojas do cidadão e tribunais, em farmácias, câmaras e juntas de freguesia, aeroportos e portos, estações de comboio, salas de espectáculo, escolas e igrejas.
A página dedicada à doença por vírus ébola no site da DGS vai também ser reestruturada e vai ser criado um endereço electrónico para esclarecimento de dúvidas, estando também a ser ponderada a criação de uma aplicação para smartphones. Os profissionais de saúde terão acesso a informações actualizadas através do Portal do Profissional na Plataforma de Dados em Saúde.
Para coordenar a resposta, vai ser também criada uma plataforma, que funcionará como “uma linha de comando e hierarquia claramente definida”. A plataforma inclui um dispositivo de coordenação, integrado pelo director-geral da Saúde e pelos presidentes do Instituto Nacional de Emergência Médica, da Autoridade do Medicamento (Infarmed) e do Instituto Ricardo Jorge (Insa), além de uma “estrutura executiva” com quatro eixos (avaliação de risco, prevenção e controlo, comunicação e avaliação), e vários "núcleos transversais".
Quanto à questão dos rastreios para despistar eventuais casos suspeitos, a orientação que o Governo vai apresentar nesta quinta-feira na reunião do Conselho da União Europeia vai no sentido de serem privilegiados os rastreios antes do início da viagem dos passageiros que saem dos países afectados.