Protestos em St Louis: “A vida dos negros também conta”

Manifestações para protestar contra o racismo e a violência policial terminam nesta segunda-feira.

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Scott Olson/Getty Images/AFP
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Joshua Lott/AFP
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Os manifestantes, cerca de 5000 pessoas segundo um jornalista da AFP, escreveram em cartazes e t-shirts “justiça para todos”, “não disparem” e “a vida dos negros também conta”. Frente ao contingente policial que acompanhou o protesto, muitos manifestantes apresentaram-se com as mãos no ar, outros de joelhos com as mãos atrás das costas.

Um grupo de mulheres levou uma enorme bandeira branca onde estavam fixados pequenos recortes de papel representando mãos e corações coloridos, em sinal de solidariedade com todas as mulheres que perderam os filhos em situações de violência policial em Ferguson, subúrbio de St. Louis onde o jovem Michael Brown, de 18 anos, foi morto a tiro no dia 9 de Agosto.

Segundo a polícia, o agente Darren Wilson matou o jovem Brown depois de ter sido atacado e de este lhe ter tentado tirar a sua arma de serviço. Mas as testemunhas garantem que Michael Brown estava desarmado e tinha as mãos no ar quando foi morto.

Na noite da passada quarta-feira, em Shaw, outro subúrbio de St. Louis, outro jovem de 18 anos foi morto a tiro por um polícia branco. As circunstâncias desta última morte ainda estão a ser investigadas, mas as autoridades garantem que o jovem estava armado e disparou contra o polícia antes de ser morto. Uma prima do jovem garante que ele estava desarmado.

As manifestações com o lema Fim-de-semana de resistência e Outubro em Ferguson começaram na sexta-feira e só terminam nesta segunda-feira. A multidão de sábado, composta por pessoas de várias gerações, na maioria negros mas também alguns brancos, desfilou ao longo de um percurso de 19 quilómetros entre Ferguson e o centro de St. Louis.

“Toda a gente aqui é pacífica, calma e respeitosa. Um bom dia para todos”, escreveu o chefe da polícia de St. Louis, Sam Dotson, na sua conta do Twitter.

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