Discurso de vitória de Costa sem uma referência a Seguro
Candidato que ganhou primárias listou extensamente todos os que o apoiaram, elogiou a comissão eleitoral e agradeceu aos militantes e simpatizantes. E disse que a vitória nas primárias representa o princípio do fim do Governo de Passos Coelho.
António Costa entende que houve de "forma clara e inequívoca" uma "voz da mudança" para Portugal reclamada pelos militantes e simpatizantes do partido que em si votaram. E deixou uma garantia: "Tudo farei para estar à altura da vossa confiança".
"Os militantes e simpatizantes do PS acorreram às urnas com notável mobilização, em todo o país e nas comunidades portugueses no mundo", declarou Costa, que teve a seu lado o mandatário da campanha, Carlos César, a directora de campanha, Ana Catarina Mendes, o ex-líder do partido Ferro Rodrigues e Manuel Alegre.Afirmando que “os partidos não existem por si, nem para os seus”, o vencedor da noite eleitoral afirmou que a “força que o PS hoje ganhou é a força da vontade de mudança em Portugal”. “A força que os portugueses nos dão para construirmos a alternativa a este Governo e a esta política”, declarou, frisando que “o que mobilizou os militantes e simpatizantes do PS, o que mobiliza os portugueses é a vontade nacional de o PS reacender a esperança, de o PS ter a energia motivadora, do PS agregar uma nova maioria que devolva aos portugueses a confiança no futuro de Portugal”.O desprezo pelo adversário, a ausência de esforço na união do partido, tinha uma razão. " Hoje saímos daqui mobilizados e unidos e concentrados no nosso dever de sermos a oposição que este Governo merece e a alternativa que Portugal merece e nos cumpre apresentar e vencer nas próximas eleições legislativas em 2015", assegurava. A conciliação não era necessária. Horas antes, à entrada, Costa já explicara: "Os resultados que chegam de todo o país demonstram que o PS está unido".Na sala, a alegria era generalizada. Abraços efusivos, militantes aos pulos, figuras de todos os quadrantes de pé a ouvir e a aplaudir Costa.