Segundo dia de greve de enfermeiros com concentração junto ao Ministério
Centro de saúde e hospitais funcionaram ontem a meio-gás.
A paralisação de hoje sucede-se a um primeiro dia de greve que na maioria dos hospitais teve uma adesão a rondar os 80%, segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
De acordo com o sindicato, a quase totalidade dos enfermeiros faz entre 48 a 56 horas por semana, está impedida de gozar as folgas que a lei impõe e não se perspectiva quando poderão gozar os milhares de dias em dívida.
Para o SEP, "a grave carência de enfermeiros em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se minimiza com a contratação de apenas mais 700 enfermeiros, em 2015, além dos mil já anunciados a 18 de Setembro".
Nas contas dos sindicalistas, seriam precisos mais 25 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, a juntar aos cerca de 39 mil existentes nos serviços públicos.
O SEP exige ainda uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e nocturnas.