John Kerry apela a aliança global contra o Estado Islâmico

EUA querem um plano concertado para lidar com "uma ameaça unificada a um vasto leque de países".

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Um militante do ISIS na cidade síria de Taqba REUTERS/Stringer

O Estado Islâmico (EI)“representa uma ameaça unificada a um vasto leque de países, incluindo os Estados Unidos”, afirmou Kerry. “O que é preciso para confrontar a sua visão niilista e sua agenda genocida é uma coligação global, usando meios políticos, humanitários, económicos, legais e ferramentas de informação para apoiar a força militar”.

Recordando que o EI tem origem na Al-Qaeda e ambições de ir muito mais além da região onde está hoje, Kerry argumenta que os seus elementos representam uma ameaça para qualquer local para onde possam viajar sem serem detectados e que dispõem de vastos recursos financeiros e bélicos.

“Eles são maiores e mais bem financiados nesta nova encarnação, recorrendo a petróleo pirateado, raptos e extorsões para financiar as operações na Síria e no Iraque. Estão equipados com sofisticado armamento pesado pilhado dos campos de batalha. Já demonstraram a capacidade para conquistar e manter mais território do que qualquer outra organização terrorista, numa região estratégica que faz fronteira com a Jordânia, o Líbano e a Turquia e que está perigosamente perto de Israel”, escreveu o secretário de Estado dos EUA.

Kerry explicou que na próxima semana, durante uma cimeira da NATO no País de Gales, vai abordar o assunto com os aliados europeus, seguindo depois para o Médio Oriente, “para desenvolver mais apoio para a coligação entre os países que estão mais directamente ameaçados”.

Já no próximo mês, quando os EUA assumirem a presidência do Conselho de Segurança da ONU, Barack Obama encabeçará um encontro entre os países do conselho para “avançar com um plano para lidar com esta ameaça colectiva”.

Este artigo de opinião de John Terry surge numa altura em que Barack Obama está a ser criticado pela estratégia para combater o Estado Islâmico.

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