PGR vai apreciar exposição enviada pelos pais dos estudantes que morreram no Meco
Procuradoria recorda que famílias podem usar outras formas para recorrer da decisão como o pedido de abertura de instrução do processo ou uma reclamação hierárquica.
Quando foi ouvido pela primeira vez, o médico da urgência disse que João Gouveia se queixou de dores de cabeça, pelo que o medicou com Paracetamol. Na reinquirição, voltou a explicar que o medicou da mesma forma e que entendeu que a auscultação do corpo seria suficiente.
Em causa está se João Gouveia esteve ou não numa situação de pré-afogamento, ou, não tendo estado, se esteve afinal numa zona segura, fazendo relançar a questão se poderá ter ou não alguma responsabilidade criminal na situação.
O ofício enviado pelo advogado pelo advogado dos pais, Vítor Parente Ribeiro, consistiu então numa exposição à cúpula do Ministério Público e não numa queixa contra o procurador como o PÚBLICO e outros órgãos de informação noticiaram, com base em declarações dos pais das vítimas do Meco.
“Importa que a PGR esclareça o motivo ou motivos pelos quais o MP no seu despacho de arquivamento do processo faz constar aquilo que não se retira dos depoimentos” do médico, refere o advogado das famílias na exposição à qual o PÚBLICO teve acesso.