Viajar para sítios afectados pelo ébola só em “situações essenciais”, aconselha DGS
Sem casos em Portugal até à data, Direcção-Geral da Saúde aconselha os viajantes a irem ao médico se tiverem estado expostos ao vírus ou desenvolvido sintomas suspeitos.
Esta é uma das oito recomendações da DGS, divulgadas num comunicado assinado pela subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, que destaca que um eventual agravamento da propagação internacional da doença poderá ter “sérias implicações face às características do vírus”. Por isso, é necessária “uma resposta internacional coordenada”, acrescenta.
Por enquanto, não se verificou qualquer caso de doença por vírus ébola em Portugal, "sendo o risco de contágio interpessoal baixo na ausência de contacto directo com fluídos corporais", esclarece.
Seja como for, também por precaução, os viajantes são alertados para procurarem aconselhamento médico caso tenham estado expostos ao vírus ou desenvolvam sintomas de doença. Graça Freitas tinha garantido há dias que, apesar de não haver restrições às viagens de e para países da África Ocidental por causa do ébola, as pessoas são controladas pelo pessoal dos aeroportos e companhias aéreas.
Além do reforço da articulação internacional com a OMS, com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) e com outros Estados, Portugal possui, “em estado de prontidão, mecanismos para dectectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação", lê-se no comunicado.
Frisando que o surto de ébola na África ocidental constitui um “evento extraordinário” e um risco de saúde pública para outros Estados, a DGS garante igualmente que estão ainda previstas medidas para facilitar a evacuação e repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus.
Também a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) está preparada para responder, aconselhar e encaminhar quem necessitar de esclarecimentos suplementares ou encaminhamento específico..
Este surto começou na Guiné-Conacri em Dezembro de 2013 e até à data foram identificados cerca de 1700 casos e 930 mortes em quatro países (além da Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria).