Crianças de Penedono vítimas de intoxicação alimentar já tiveram alta médica

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Das 52 crianças vitimadas pela intoxicação alimentar, 18 crianças passaram a noite naquela unidade de saúde, mas tiveram alta médica durante a manhã deste sábado, tendo a última deixado o HPC antes das 13h, disse à agência Lusa fonte oficial do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Deram entrada naquela unidade de saúde ao final da tarde de sexta-feira 44 crianças, a maior parte das quais tiveram alta algum tempo depois, tendo 18 delas passado a noite no hospital, por precaução, embora nenhum caso inspirasse grande preocupação.

Nenhum dos adultos vitimados pela mesma situação teve necessidade de internamento hospitalar.

Cinquenta e duas crianças e três adultos de Penedono, distrito de Viseu, sofreram na sexta-feira uma intoxicação alimentar quando se encontravam na praia das Rocas, em Castanheira de Pera, no norte do distrito de Leiria, onde se deslocaram no âmbito do programa ‘Férias animadas’, promovido pela Câmara de Penedono.

Segundo o porta-voz do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Pedro Coelho dos Santos, as crianças, com idades compreendidas entre os oito e os 16 anos, apresentavam “sintomas de uma intoxicação alimentar, diarreias, vómitos, mal-estar, desidratação”.

As crianças "almoçaram comida própria", não tendo o complexo municipal da praia das Rocas qualquer responsabilidade na intoxicação alimentar, sublinhou, ao final do dia, o presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes.

O presidente do município de Penedono, Carlos Esteves, disse à Lusa que a comida que as crianças consumiram – e que terá estado na origem deste acontecimento – foi confeccionada na cantina municipal, na manhã de sexta-feira, pela habitual funcionária.

O autarca, que na noite de sexta-feira não tinha conhecimento da composição da ementa utilizada para este dia de actividades de férias das crianças, assegurou que abrirá um inquérito para apurar responsabilidades, embora na altura a sua maior preocupação se relacionasse com "a saúde das crianças” e dos três monitores que as acompanharam.

Em comunicado enviado, na sexta-feira, à agência Lusa, o delegado de Saúde Regional do Centro apontava os alimentos do almoço como “veículo da doença” e referia que os “sintomas e tempos de incubação” apontavam para “toxinfeção alimentar colectiva por toxina estafilocócica”, tipo de patologia “bem conhecido pelos clínicos e epidemiologistas”.

Fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Leiria informou que o alerta foi dado às 16:39 de sexta-feira, tendo sido mobilizados para a praia das Rocas 30 ambulâncias com 60 operacionais.