Interpol divulga dados de obras de arte roubadas

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O objectivo, segundo a organização, é combater o tráfico Stringer Beijing/REUTERS

A Interpol anunciou que vai abrir a sua base de dados mundial on-line sobre obras de arte roubadas, da qual constam cerca de 34 mil peças. O objectivo é lutar contra o tráfico, declarou a organização num comunicado.

Qualquer utilizador pode fazer um pedido para aceder à base de dados, obtendo uma password que permite o acesso a um site protegido, onde se reúnem informações sobre os bens culturais roubados em todo o mundo e registados pela Interpol, organização sediada em Lyon, França.

O acesso à base de dados não será limitado a investigadores. "Também será aberto a todas as organizações culturais e profissionais (ministérios da Cultura, museus, casas de leilão, galerias de arte, fundações, coleccionadores)", refere o comunicado da organização policial internacional.

Os dados disponíveis incluem nomes, descrições e fotografias das obras de arte e estarão em constante actualização.
Face ao aumento previsto dos registos de bens culturais roubados, esta acção deverá ser "um obstáculo importante ao comércio ilegal", dificultando a venda das peças, indicou o coordenador do serviço da Interpol que se ocupa de obras de arte, Karl Heinz Kind. "O acesso às informações sobre as peças de arte roubadas será útil porque sensibilizará o grande público quanto à protecção dos bens culturais", assegurou Kind.

"Também será mais difícil para um vendedor ou um comprador afirmar que não teve possibilidade de confirmar se o objecto estava registado como roubado", acrescenta a Interpol, que tem conseguido recuperar algumas das obras registadas.

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