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Robô EMIEW 2 já consegue falar com humanos mas conta más piadas

Actualização da tecnologia do EMIEW 2 permite-lhe compreender reacções de um interlocutor mesmo se forem apenas de movimento.

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Yoshikazu TSUNO/AFP
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O EMIEW 2, sigla para Excellent Mobility and Interactive Existence as Workmate (Excelente mobilidade e existência interactiva como companheiro de trabalho), pesa 14 quilos, tem 80 centímetros de altura, e usa sensores e 14 microfones instalados na sua cabeça para contornar obstáculos, circular entre pessoas, entregar objectos e responder a comandos de voz.

Com a mais recente actualização ao seu sistema, o robô humanóide memoriza palavras para poder responder a questões, mesmo elaboradas de forma diferente. Por exemplo, se numa frase existirem as palavras “quantos são”, o robô vai tentar perceber que questão lhe está a ser colocada, repetir a questão para confirmar se está correcto e só depois responde.

O EMIEW 2 foi também equipado com duas câmaras acima dos olhos para poder analisar movimentos faciais e determinar se a pessoa que lhe coloca uma questão compreende ou não a sua resposta.

Na terça-feira, durante uma demonstração que decorreu no laboratório da Hitachi, em Tóquio, o EMIEW 2 tentou responder a questões feitas por jornalistas mas levou algum tempo a reagir. Não lhe faltou, no entanto, sentido de humor e através das câmaras instaladas na cabeça procurou confirmar se um dos interlocutores percebeu uma piada que disse.

Um dos engenheiros presentes no encontro perguntou-lhe quantas pessoas trabalhavam na Hitachi em Tóquio. “Temos dois cisnes”, respondeu o robô. Perante a reacção de surpresa do engenheiro, o EMIEW 2 tentou perceber se este tinha percebido a sua intenção. “Percebeu? Estou a brincar. Temos cerca de 800 pessoas a trabalhar aqui”, acabou por responder.

Apesar de o humor do EMIEW 2 não ser o seu forte, a capacidade em compreender as reacções de um interlocutor são um progresso significativo, como explica Hisashi Ikeda, responsável da Hitachi, citado pela AFP. “A nova tecnologia possibilita que o robô entenda o que o humano quer dizer mesmo que apenas se manifestem por gestos”, sublinha.

O robô ainda não consegue estabelecer uma conversação fluída com humanos sem repetições e alguns atrasos nas respostas, sendo que a interacção tem que ser feita em ambientes com pouco ruído devido à hipersensibilidade dos seus sensores.

A empresa japonesa não tem uma data prevista para a comercialização do robô mas pretende que seja colocado em funções como recepcionista, acompanhante de pessoas em hospitais e serviços públicos.

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