Assis acusa direita de “fazer do Governo um instrumento de campanha”

Nuno Melo (CDS) reage a dúvidas da CNE sobre apresentação de estratégia de médio prazo pelo Governo.

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Miguel Nogueira

Em causa está a realização de um conselho de ministros extraordinário, agendado para o próximo sábado, para discussão de um documento de estratégia médio prazo.

“Não vamos apresentar queixa, mas notamos a forma como o Governo está a olhar para esta campanha”, disse Francisco  Assis em Lamego, onde visitou as Caves da Raposeira.

O socialista considerou também “lamentável” que o candidato da coligação Aliança Portugal tivesse equiparado essa iniciativa à Convenção Novo Rumo, marcada para o mesmo dia. “É lamentável que Paulo Rangel confunda instituições partidárias com o Governo”, afirmou.

O cabeça de lista passa o dia pelo distrito de Viseu acompanhado pelo deputado José Junqueiro.

"Insinuações" da CNE
Já Nuno Melo, candidato (CDS) pela Aliança Portugal, mostrou esta segunda-feira estranheza pela declaração do porta-voz da (CNE) Comissão Nacional de Eleições em que manifestava dúvidas sobre a apresentação da estratégia de médio prazo pelo Governo a 17 de Maio, em pleno período de campanha eleitoral para as europeias.

“Se a CNE tem dúvidas sobre o que será anunciado a 17 de Maio e não actua sem queixas então por que é que em pleno período eleitoral se pronuncia, sendo que essa declaração produz efeitos na apreciação política”, afirmou aos jornalistas o candidato, à margem de um almoço com apoiantes na Guarda.

Questionado pelos jornalistas sobre a dúvida suscitada pela iniciativa do Governo, dúvida essa que foi lançada pelo comentador Marcelo Rebelo de Sousa, este domingo, na TVI, Nuno Melo faz a distinção entre os comentadores e a CNE. “Marcelo Rebelo de Sousa é um comentador. A CNE é uma instituição, quando se pronuncia tem consequências óbvias”. E rematou: “Em caso de dúvida não se lançam insinuações como fez a CNE”.

Já ao início da manhã o cabeça de lista, Paulo Rangel, se pronunciou sobre a posição assumida pela CNE, em tom crítico. “O Governo não está paralisado durante a campanha, aliás, nesse dia o PS vai apresentar um novo programa de governo, talvez a Comissão Nacional de Eleições devesse estar preocupada com isso, que um partido, em eleições que são europeias, esteja a apresentar um programa de governo", afirmou Paulo Rangel aos jornalistas, citado pela Lusa. 

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