}

O futuro do regadio de Alqueva está nas hortícolas e frutícolas

Para além do olival e do milho, Costa Salema elege as novas culturas que emergem no Alqueva. “Temos propostas de plantação de pera, ameixa, romã e amêndoa”. Nas hortícolas já estão plantados 300 hectares de cebola e prepara-se a plantação de 700 hectares de melão e ainda a cultura de uma variedade de abóbora de pequena dimensão que tem grande procura nos países nórdicos.

A cultura da papoila para produção de ópio destinado a fins medicinais é outras das culturas mais promissoras para o Alqueva. Já ocupa quase 1000 hectares, “mas rapidamente irá chegar aos 2000”, confia o presidente da EDIA entusiasmado com o interesse revelado pelo maior produtor mundial de ópio a empresa australiana TPI, que assim de junta à empresa escocesa Macfarland Smith, que já iniciou há dois anos a plantação da papoila branca no Alentejo.

Apesar deste tipo de plantação se realizar, pela primeira vez, na região e ainda se encontrar na fase experimental, os resultados “são promissores”, assinala ao PÚBLICO Francisco José Cordeiro, um dos agricultores que mantém, com cerca de três dezenas de agricultores, um contrato com Macfarlan para a plantação de papoila branca. E explica porquê: A média de ópio recolhido, em Inglaterra, é de 9% por tonelada, mas houve explorações em Serpa e Quintos (Beja) onde a percentagem de ópio superou os 20%” valores que deixaram os escoceses “encantados” revela o agricultor.

Contudo, é nas culturas de hortícolas e frutícolas que Costa Salema antecipa o maior sucesso do regadio de Alqueva, porque são fileiras que geram “maior valor acrescentado” num território onde “há fartura e água e terra com excelente aptidão agrícola” para uma multiplicidade de culturas, conclui o presidente da EDIA.

Sugerir correcção
Comentar