Para Paulo Rangel, a fase pior já passou e o país não pode deitar tudo a perder

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“O cenário alternativo [ao federalismo] é o caos", defendeu Paulo Rangel Nuno Ferreira Santos

“Aquela fase pior já passou, agora estamos outra vez num ciclo de melhoria, claro que muita gente ainda não sente isto, ainda está a sofrer os efeitos dos cortes e destas medidas de austeridade, mas também já há muita gente que já sente”, afirmou Paulo Rangel em Pombal, distrito de Leiria, numa conferência sobre Portugal e a Europa.

Perante um auditório cheio, numa iniciativa do PSD/Pombal, o candidato da Aliança Portugal perguntou: “Depois deste sacrifício todo que fizemos, que foi, com certeza, dos maiores sacríficos que os portugueses, pelo menos depois do 25 de Abril tiveram que fazer, sacrifício tremendo de três anos, para pôr o país de pé, para superar a bancarrota, para procurar evitar um mal muito maior do que aquele que nos aconteceu, agora que passamos essas tormentas e começa a haver sinais claros, sustentados e sustentáveis de retoma, de recuperação, é que nós vamos deitar tudo a perder?”.

E insistiu: “É agora que vamos desperdiçar os sacrifícios? Então nós estivemos três anos aqui com rigor, com austeridade, com sacrifício a tentar pôr as coisas outra vez de pé e agora que elas estão a ficar de pé é que vamos dar um pontapé e deitar tudo a perder?”.

Numa intervenção em que explicou as razões que levaram ao pedido de assistência internacional, o candidato reconheceu que o programa, “duro e severo”, trouxe aumento de desemprego, emigração, cortes nos salários e nas pensões.

“Mas também se foram fazendo reformas”, declarou, acrescentando que as exportações começaram a aumentar, o país começou a crescer “pouco, mas até aqui estava em recessão”, passou a ter excedente comercial, o “desemprego está a cair todos os meses” e as taxas de juros estão a baixar.

Pedindo à assistência que, se estiver preocupada com o futuro, para ter a coragem de não repetir o passado, Paulo Rangel teceu, de novo, críticas à lista socialista ao Parlamento Europeu, considerando que junta candidatos ligados ao “pecado original” – o Governo de António Guterres – onde começou “o descalabro orçamental” e o “pecado capital” – Governo de José Sócrates.

“E isto é de tal maneira assim que o cabeça de lista, que é o Francisco Assis, foi líder parlamentar do engenheiro Guterres – pecado original – e foi líder parlamentar do engenheiro Sócrates – pecado capital”, observou, acusando: “Ele foi o defensor das duas políticas, as duas que nos trouxeram a esta situação”.