Rangel quer que PS diga se prefere líder da Comissão Europeia alemão ou português

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“O cenário alternativo [ao federalismo] é o caos", defendeu Paulo Rangel Nuno Ferreira Santos

“Acham que é melhor para Portugal ter à frente da Comissão Europeia um alemão, que é o candidato apoiado pelo Partido Socialista português, ou um português? O que acham que é melhor para Portugal? Esta resposta é que eles têm de dar”, disse Paulo Rangel, referindo-se ao apoio dado pelo PS à candidatura de Martin Schulz, pelo Partido Socialista Europeu, à presidência da Comissão Europeia.

Em Barcelos, à margem de uma sessão pública com militantes, Rangel instou também o líder do PS e o cabeça de lista deste partido às europeias para esclarecerem publicamente se concordam com a avaliação negativa que os socialistas José Sócrates e Pedro Silva Pereira fizeram à presidência de Durão Barroso na Comissão Europeia.

“Silva Pereira disse que Durão Barroso foi um mau presidente da Comissão Europeia, Sócrates disse que foi medíocre. António José Seguro e Assis estão ou não de acordo com esta qualificação?”, perguntou.

Rangel refutou ainda as afirmações de Pedro Silva Pereira, que no domingo o acusou de estar a tentar “desviar as atenções do facto de ser o candidato do Governo” e respondeu ao socialista. “Sou o candidato do actual Governo, não sou candidato do Governo de José Sócrates que nos trouxe à bancarrota”, referiu.

Segundo Paulo Rangel, a lista do PS às europeias integra antigos ministros do “Governo do pecado original” (António Guterres) e do “Governo do pecado capital” (José Sócrates). O candidato sublinhou que a “desgraça orçamental de Portugal começou pelo Governo de António Guterres” e que o Governo liderado por José Sócrates “conduziu Portugal à bancarrota”.

“E o líder da lista do PS às europeias [Francisco Assis] foi líder parlamentar dos governos do pecado original e do pecado capital”, ironizou. Para Rangel, “o que se joga nas eleições europeias é o regresso ou não ao passado”. “Vamos premiar quem errou ou quem corrigiu? Vamos castigar quem errou ou quem corrigiu?”, indagou, mostrando-se confiante na vitória nas eleições de 25 de Maio.