Francisco Assis desafia Paulo Rangel a debater o futuro de Portugal

O eurodeputado do PSD e actual cabeça de lista às europeias acusou o número um da lista do PS de ser "cúmplice" da política que conduziu Portugal à intervenção da troika.

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Assis critica duramente o Bloco de Esquerda Adriano Miranda

Numa declaração aos jornalistas no Parlamento, Francisco Assis respondeu ao cabeça de lista do PSD/CDS. "O doutor Paulo Rangel parece ter uma obsessão com o passado recente. Marcamos hora e local para discutir o passado. Depois vamos discutir o presente e o futuro", afirmou.

Esta quinta-feira, em Dublin, Paulo Rangel tinha sustentado existir uma contradição entre o silêncio de António José Seguro sobre a herança do Governo de Sócrates e o "imenso ruído" de Francisco Assis sobre essa mesma "herança". 

“Há aqui desde logo uma contradição. António José Seguro nunca fala sobre a herança Sócrates, mas Assis fala. Se os portugueses acham que as políticas do PS no Governo não contribuíram par a bancarrota está tudo dito. Quem está aqui a reescrever a história nós sabemos quem é, é realmente Francisco Assis", afirmou Rangel na reunião do grupo parlamentar do Partido Popular Europeu.

E foi mais longe: "Nós não teríamos tido uma intervenção da troika se tivéssemos em 2008 acautelado a nossa situação, e o que se fez foi gastar mais, dispender mais, gastar tudo o que havia de uma forma totalmente irresponsável", acrescentou o eurodeputado do PSD e cabeça de lista às eleições de 25 de Maio. "Percebo que Francisco Assis tenha necessidade de se defender porque ele também é co-responsável, ele é cúmplice dessa política, ele era o líder parlamentar de um governo que nos trouxe à bancarrota”, disse.

O candidato socialista desdramatiza. "Talvez ele pensasse que não estava disposto a falar do passado. Estou disposto a discutir tudo. Os últimos cinco, dez anos dos vários governos PS e oposições", afirmou, defendendo logo de seguida que se deviam concentrar no debate sobre Europa.

"E aí é que Paulo Rangel tem de dar explicações. Tem de dizer se concorda ou não com esta austeridade que é duplamente pior", do que estava previsto no memorando, desafiou.

Assis também quer saber qual a opinião de Paulo Rangel sobre a "quebra" do investimento público em Portugal. "Não demonizamos o investimento privado como certa esquerda, mas não demonizamos o investimento público como a direita extremista que nos governa", afirmou o deputado socialista. 
 

  

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