Portugal durou enquanto houve Julien Bardy
No último jogo do Torneio Europeu das Nações de 2014, a selecção nacional foi derrotada em Lisboa pela Espanha, por 24-28
Durante 51 minutos, não existiu qualquer dúvida no Estádio Universitário de Lisboa: Portugal é muito superior à Espanha. Apesar de ter ficado reduzida a 14 jogadores aos 28 minutos (Kevin da Costa foi expulso após agredir um adversário), a equipa portuguesa controlou sempre a partida e, mesmo em inferioridade numérica, chegou ao ensaio: arrancada de Bardy, assistência de João Correia, toque de meta de Vasco Uva.
Com uma vantagem de 18-6 ao intervalo, frente a uma medíocre equipa espanhola, Portugal parecia ter garantido a vitória que honraria o último jogo de João Correia e António Aguilar pelos Lobos e, no início do segundo tempo, o domínio português manteve-se. Os 14 jogadores nacionais chegavam e sobravam para os 15 espanhóis, Portugal continuava a jogar no meio-campo adversário e Pedro Bettencourt dilatou a vantagem lusa para 15 pontos (21-6). Até que, aos 51 minutos, o jogo mudou, com a lesão de Bardy.
Após a saída do incansável terceira-linha do Clermont, Jogador do Ano para a FPR em 2012 e 2013, Portugal tornou-se numa equipa banal. Com o “pack” avançado da equipa de Frederico Sousa muito desgastado, a Espanha, com opções mais credíveis no banco, conseguiu finalmente ganhar ascendente e, nos últimos 22 minutos, com três ensaios, virou o resultado para 24-28.
Ao contrário de João Correia e António Aguilar, Brian O’Driscoll abandonou a sua selecção pela porta grande. A Irlanda garantiu ontem, no Stade de France, a conquista do Torneio Europeu das Nações de 2014 com um triunfo sobre a França, por 22-20.
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