Exportações tiveram resultado "muito positivo" em 2013

Paulo Portas destacou o comportamento das exportações de bens e serviços, que aumentaram 5,7% em 2013 e atingiram 68.200 milhões de euros.

Foto
Portas lembra que as empresas turísticas estão a "levantar a cabeça" e a ajudar no emprego Fernando Veludo

Paulo Portas falava na conferência de imprensa sobre o balanço das exportações de bens e serviços em 2013, que decorreu esta terça-feira na sede da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), em Lisboa.

Os dados divulgados esta terça-feira são o primeiro apuramento global das vendas ao exterior de Portugal, que inclui as exportações de bens e de serviços. O vice-primeiro-ministro sublinhou que os números excederam “as previsões e as estimativas tanto de entidades nacionais como de entidades internacionais".

"Mesmo admitindo que este é o crescimento nominal apurado [de 5,7%], pode com segurança afirmar-se que o crescimento real será muito bom", adiantou Paulo Portas, realçando que as "empresas portuguesas confirmaram em 2013 a sua capacidade exportadora precisamente na hora em que o país mais precisava disso".

As exportações de bens subiram 4,9% e as de serviços 7,7%, o que demonstra "um crescimento não só equilibrado, mas indicativo que em 2013 se superaram os registos que haviam sido publicados sobre esse ano até agora", disse.

Paulo Portas destacou que "2013 foi o melhor ano de sempre para as exportações de Portugal", destacando a "proeza do sector exportador", das empresas, dos empresários e dos seus colaboradores.

No caso do peso das exportações no produto interno bruto (PIB), o vice-primeiro-ministro adiantou que também foi o "melhor ano de sempre", já que as vendas ao exterior representaram 41% do PIB, o que compara com 39% em 2012, 36% em 2011 e 31% em 2010.

No ano passado, havia 22.685 empresas exportadoras, mais cerca de 700 face a 2012, segundo o governante.

Paulo Portas destacou ainda o "excelente trabalho" e classificou de "magnífico presidente" o actual líder da AICEP, Pedro Reis, que está de saída daquela entidade, adiantando que o nome do sucessor será conhecido "na hora oportuna".

O vice-primeiro-ministro escusou-se a responder a questões dos jornalistas fora do âmbito do balanço das exportações.

Portas sublinhou que o crescimento de 5,7% das exportações no ano passado "ultrapassa, pela positiva, muitas estimativas", dando como exemplo as do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontavam para um aumento de 2,9%.

"Eu acredito no crescimento das exportações portuguesas e acho que vamos voltar a crescer em 2014", sublinhou o governante.

Questionado sobre as críticas do economista Silva Lopes sobre a baixa de IRC, Paulo Portas afirmou: "Estamos a comemorar os 40 anos do 25 de Abril, que eu saiba fez-se para a liberdade de opinião".

Por sua vez, Pedro Reis destacou que 2013 foi o “quarto ano consecutivo” em que as exportações foram "o principal motor de crescimento" da economia.

O presidente da AICEP sublinhou que os dados das exportações no ano passado mostram uma "repartição equilibrada de mercados", e destacou "o peso crescente” das trocas fora da União Europeia. Em relação à Europa, apontou "a resiliência dos números".

Em relação aos sectores, o peso dos combustíveis, no ano passado, foi de 7,3%, contribuindo para um terço do crescimento em 2013.

Pedro Reis disse que a taxa de cobertura das exportações foi de 104,4%, com as importações a representarem 65,4 mil milhões de euros.

Em 2013, houve um excedente da balança comercial de 2,8 mil milhões de euros, sendo a "primeira vez que isto acontece desde 1943", disse o presidente da AICEP.