PSD e CDS sublinham "governação socialista descontrolada"
Representantes sociais-democratas e centristas estiveram reunidos em Lisboa com presidente do Partido Popular Europeu.
A mensagem foi deixada no final de um encontro com Joseph Daul, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia a que pertencem PSD e CDS-PP, esta quinta-feira de manhã, na sede social-democrata, em Lisboa. É uma ideia já sublinhada pelo líder do CDS Paulo Portas há mais de uma semana no congresso do PP espanhol e que surge a três meses das eleições europeias (a 25 de Maio).
Marco António Costa referiu que "em países como Portugal, Espanha e Irlanda" os partidos de centro-direita, "sucedendo a governos socialistas, têm conseguido retirar da situação de pré-falência" e alcançar "uma situação de sustentabilidade e de desenvolvimento económico".
Na mesma linha, Nuno Magalhães recordou a "governação socialista descontrolada" e que "foram depois os partidos do PPE como o PSD e o CDS que tiveram de equilibrar as contas públicas" e controlar a "fractura social do desemprego". E deixou uma pergunta: "Devemos dar confiança a quem nos trouxe até aqui ou devemos dar confiança a quem está, com dificuldades é certo, a tentar sair da situação?".
Em vésperas de eleições europeias, Nuno Magalhães defendeu que "é preciso mobilizar os cidadãos e explicar a importância que a Europa tem" e que "é preciso combater o populismo, não com mais populismo". "À esquerda e à direita vemos algumas tentativas de derivas demagógicas de propor a saída da Europa e de terminar com o projecto europeu que criou um dos maiores período de prosperidade", afirmou o líder parlamentar do CDS.
A mesma ideia foi sublinhada pelo presidente do PPE, que é francês, ao incentivar Portugal a "continuar os seus esforços" para sair da crise económica e a sublinhar a necessidade dos partidos de centro-direita manterem os seus valores e "não correr atrás do populismo". Quanto a programa cautelar, Joseph Daul disse que será o Governo português a gerir, mas desdramatizou a necessidade de ter um seguro para sair do resgate. Na sua visão, sublinhou, não é necessário ter um programa "suplementar".
Relativamente à reunião desta quinta-feira, Marco António Costa adiantou que houve a oportunidade de conversar sobre a Europa "da moeda única, mais solidária e humanista" e também sobre a política europeia desenvolvida noutras partes do mundo. Nuno Magalhães admitiu terem falado dos candidatos do PPE à presidência da Comissão Europeia, mas escusou-se a dar mais pormenores.