Quinze anos depois, novo duelo à tarde
Faltavam duas jornadas para terminar a temporada e o FC Porto deslocou-se à Luz para cumprir calendário. Os “dragões”, treinados à época por António Oliveira, defrontaram o Benfica de Graeme Souness e deram-se ao luxo de deixar no banco Jardel. A ousadia, resultou numa derrota por 0-3, mas o triunfo foi pouco mais do que uma vitória moral para os benfiquistas, que terminaram o campeonato a nove pontos dos portistas. Estávamos a 2 de Maio de 1998 e, desde aí, não mais se voltou a realizar um encontro no Estádio da Luz entre Benfica e FC Porto à tarde.
O regresso ao passado não terá, porém, influência no desfecho entre os rivais. Jorge Silvério, conceituado psicólogo na área do desporto e ex-provedor do adepto na Liga de Clubes, afirma que o horário “pode atrair mais adeptos”, mas considera este jogo não permite “tirar grandes conclusões por ser um ‘clássico’ e por haver o ‘factor Eusébio’”. “Enquanto fui provedor recebi muitas queixas devido às horas dos jogos e este horário é uma resposta, mas a importância da partida e a recente morte do Eusébio fará atenuar essa mudança”, esclarece.
Mestre em Psicologia do Desporto, Silvério considera que esta é uma experiência que deveria ser tentada mais vezes, mas salienta que as exigências actuais dos adeptos são outras: “Hoje já se valoriza mais questões de segurança e conforto do que os horários, exceptuando os jogos que são realizados ao domingo à noite.”