Manifestantes exigem a Passos Coelho candidatura do Metro do Mondego a fundos comunitários
Obras foram interrompidas há cerca de dois anos, depois de terem sido investidos 140 milhões de euros.
Esta posição foi assumida num protesto que contou com cerca de um milhar de pessoas dos quatro municípios junto à residência oficial do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em São Bento. Uma delegação constituída pelo Movimento Cívico e por autarcas de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo foi recebida pelo chefe de gabinete de Passos Coelho, ao qual apresentaram esta proposta.
Os manifestantes, acompanhados por um grupo de bombos, empunharam cartazes exigindo ao Governo que cumpra o prometido. O “Governo tem de honrar os compromissos“ e “senhor primeiro-ministro cumpra o que prometeu em campanha eleitoral” eram algumas das mensagens exibidas nos cartazes.
O protesto foi promovido pelo Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, fiundado a propósito do Metro Mondego. O projecto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo tram-train - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.
O Ramal da Lousã foi desactivado há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projecto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego (MM), que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.
"Queremos exigir e obrigar o Governo a candidatar o projecto Ramal da Lousã/Metro Mondego a financiamento comunitário. Trata-se de uma obra que, se for financiada pela União Europeia, pode ter uma comparticipação até 95%", sublinhou Jaime Ramos, porta-voz do movimento cívico.