Risco de ruína em caso de sismo

Num relatório pedido pela direcção da secundária Camões, em Lisboa, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil atesta o “mau estado de conservação” do edifício e a “extrema vulnerabilidade” do ginásio. Também a Câmara de Lisboa fez uma vistoria e detectou “anomalias” que oferecem “risco para a saúde pública” e “insegurança” para quem frequenta o espaço.

Em Julho, a autarquia aprovou mesmo uma moção a pedir obras urgentes. Por ter forma de tridente, com uma fachada principal e três blocos perpendiculares sem uma fachada traseira, o liceu apresenta “risco real” de ruína em caso de sismo, garante o engenheiro João Appleton, envolvido no projecto de redução de vulnerabilidade sísmica do edifício.

No subsolo do liceu passa uma linha de água, o que torna os terrenos vulneráveis e pouco consistentes. “As fundações estão a poucos metros de profundidade”, o que aumenta a fragilidade do edifício. Appleton, que frequentou o Camões entre 1957 e 1964, avisa que o imóvel está “a degradar-se de forma muito acentuada” e acredita que isso pode levar ao seu encerramento.

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