Já há acordo orçamental nos Estados Unidos
Negociadores do Senado concluem um compromisso para acabar com o "shutdown" do Governo e aumentar o limite da dívida pública.
A solução de compromisso, para evitar o default da economia norte-americana e pôr fim a duas semanas de paralisação do Governo federal, deverá ser adoptada também pela Câmara de Representantes, que ontem encerrou as negociações para ultrapassar o impasse legislativo sem um acordo entre os dois partidos.
Neste momento, os líderes da maioria democrata e da minoria republicana do Senado estão reunidos com as respectivas bancadas, a apresentar os pormenores do compromisso alcançado ao final da manhã.
Segundo a imprensa norte-americana, trata-se de uma solução temporária para a crise: a proposta de Orçamento prevê o financiamento da actividade do Governo federal até 15 de Janeiro e a revisão do tecto da dívida até 7 de Fevereiro de 2014. Antes desse prazo, os legisladores reunidos num “supercomité” terão de chegar a um acordo orçamental definitivo, o que faz antever um novo braço-de-ferro no próximo mês de Dezembro.
Incapaz de aprovar a sua própria versão, o speaker do Congresso, John Boehner, já se comprometeu a submeter o acordo alcançado pelo Senado à votação dos congressistas. É possível que a proposta continue a merecer a oposição da facção da bancada conservadora afecta ao Tea Party, mas a conjugação dos votos de republicanos moderados e da bancada democrata deverá assegurar a aprovação da legislação.
Ao contrário do que pretendiam os congressistas do Tea Party, a proposta mantém intacto o programa para a subscrição obrigatória de seguros de saúde, conhecido como "Obamacare", cujo financiamento esteve na origem da sua recusa em aprovar o Orçamento. Os democratas concederam em fazer pequenas alterações ao programa que não põem em causa a sua execução imediata.
A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre o acordo – cujos pormenores ainda não foram formalmente anunciados – mas em anteriores declarações o Presidente Barack Obama saudou o “esforço” e a “boa-fé” dos senadores que assumiram a responsabilidade pela negociação de um compromisso.
Se não houver surpresas de última hora relativamente ao texto final, Obama deverá assinar a lei, assim que ela for votada.