“A vitória não nos deslumbra e reconhecemos o desencanto e a desilusão que muitos portugueses sentem face à política”, disse o líder do partido, referindo-se aos cidadãos que ficaram em casa e aos que votaram em branco.

Ainda segundo fonte do partido, António José Seguro salientou que o PS não troca “princípios por votos” e que “fez bem” em não recandidatar presidentes com mais de três mandatos a concelhos vizinhos nem pessoas com processos judiciais. Mas admitiu que é preciso fazer mais para aproximar as pessoas da política.

O líder socialista defendeu ainda que a vitória eleitoral não pode fazer o PS esquecer os problemas nacionais: “Como também a nossa alegria desta vitória não esconde as nossas preocupações com o sofrimento dos portugueses que estão desempregados, com os reformados com menos rendimentos. Jamais esquecerei o que ouvi de muitos portugueses ao longo desta campanha. Relatos chocantes”, disse, considerando que, com a “vitória” nas autárquicas, o PS vê as responsabilidades aumentadas.

“Somos a esperança para milhões de portugueses”, disse, garantindo empenho nas soluções para os problemas dos cidadãos.

Sobre a convenção Novo Rumo para Portugal — que pretende preparar as bases do programa de um futuro Governo —, Seguro sublinhou que esta não será um momento, mas um processo a começar já este mês, em Outubro, com um texto aberto à subscrição e participação de todos os cidadãos que se identifiquem com o projecto.