Miguel Almeida a um passo de se tornar líder da Zon Optimus

Empresa da Sonaecom e de Isabel dos Santos elege novos órgãos sociais.

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O novo grupo de telecomunicações é detido em 50,01% pela ZOPT, empresa detida em partes iguais pela angolana Isabel dos Santos e pela Sonaecom de Paulo Azevedo Daniel Rocha

A eleição dos órgãos sociais da Zon Optimus é um dos pontos da ordem de trabalhos da assembleia-geral extraordinária da empresa resultante da fusão entre Zon e Optimus, que está agendada para as 15h00, em Lisboa.

Da ordem de trabalhos faz ainda parte a discussão dos novos estatutos em que se manteve o limite de participação accionista de 10% a empresas concorrentes que já existia na Zon.

O novo grupo de telecomunicações que vem disputar o mercado com a Portugal Telecom (PT) é detido em 50,01% pela ZOPT, empresa detida em partes iguais pela angolana Isabel dos Santos e pela Sonaecom de Paulo Azevedo.

Do casamento entre uma empresa forte nas comunicações móveis com outra forte na televisão por subscrição esperam-se sinergias de centenas de vários milhões de euros (os números oscilam entre os 350 e os 700 milhões, segundo os analistas) e uma política comercial agressiva ao nível dos serviços em pacote que incluam televisão, internet e telefone fixo e móvel (o chamado quadruple-play) para concorrer com as propostas do Meo (PT).

Da lista de accionistas relevantes da Zon Optimus fazem ainda parte a Sonaecom (7,28%), o BPI (4,53%), a Fundação José Berardo e Metalgest (3,49%), a Espírito Santo Irmãos (3%) e Joaquim Oliveira (2,90%). Em bolsa, a Zon Optimus vale aproximadamente 2267 milhões de euros.

Aos comandos da empresa estarão, além de Miguel Almeida (ex-presidente executivo da Optimus), Luís Gonçalves Lopes e José Pedro Pereira da Costa (que transitam da equipa de gestão da antiga Zon), Ana Paula Marques e Manuel Ramalho Eanes (que vêm da Optimus), Miguel Martins (até há pouco presidente executivo da angolana Unitel) e André Almeida (administrador da Zap, a operação da Zon em Angola e Moçambique).

A presidir ao conselho de administração da nova empresa estará Jorge Brito Pereira, advogado da filha do presidente angolano, que fez parte da equipa jurídica que assessorou a fusão.

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