Passos e Crato recebidos com protestos em inaugurações de escolas
Dispositivo policial impediu acesso público a cerimónia em Oliveira do Bairro criticada por ser considerada uma "reinauguração".
“Está na hora, está na hora de o Governo ir embora.” Foi com esta frase que Passos Coelho e Nuno Crato foram recebidos junto à escola de Bustos, cujos acessos foram bloqueados pelas autoridades com recurso a barreiras metálicas. Atrás das barreiras, faixas e cartazes empunhados por manifestantes e elementos da União de Sindicatos de Aveiro, afecta à CGTP, e pais indignados por não poderem aceder à escola.
Alguns moradores da Rua da Nossa Senhora das Necessidades, morada da escola básica, questionaram também o aparato policial, justificado com "questões de segurança".
Segundo apurou o PÚBLICO, apenas o pessoal afecto à escola, incluindo professores, e ainda jornalistas, responsáveis de entidades locais e candidatos às autárquicas foram autorizados a entrar.
Em causa está a cerimónia desta quarta-feira, considerada uma “reinauguração” do estabelecimento de ensino que já tinha sido inaugurado em Fevereiro deste ano. Entre os manifestantes via-se uma faixa onde se lia “Inauguração foi para o povo e agora a reinauguração é para a realeza”.
O primeiro-ministro e o ministro da Educação inauguram nesta quarta-feira dois centros escolares. Além da inauguração da escola básica de Bustos, Passos Coelho e Nuno Crato estiveram no Centro Escolar do Troviscal, também em Oliveira do Bairro. À semelhança do que aconteceu na primeira cerimónia, os dois membros do governo foram recebidos com vaias e assobios de manifestantes, entre estes elementos do Sindicato de Professores da Região Centro e da União de Sindicatos de Aveiro.
À tarde, primeiro-ministro e ministro visitam a Escola Básica e Secundária de Ferreira de Castro, em Lações de Cima, Oliveira de Azeméis.
As visitas verificam-se no âmbito das actividades da abertura do ano lectivo 2013-2014, cuja abertura oficial acontece quinta-feira.
Notícia actualizada às 11h42: Acrescenta recepção com protestos ao ministro e primeiro-ministro no Centro Escolar do Troviscal.