Movimento Passe Livre diz que "não vai deixar de sair às ruas"

Movimento tinha anunciado a suspensão dos protestos em São Paulo devido a “infiltrados conservadores”.

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O Movimento Passe Livre esteve na origem das primeiras manifestações no Brasil para exigir a anulação do aumento dos transportes públicos em São Paulo AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

"Ao longo dos seus oito anos, o MPL nunca deixou de se organizar e sair às ruas, e não vai ser agora que isso vai mudar", lê-se no texto divulgado durante a madrugada de hoje, e onde o MPL afirma que há ainda "muitas lutas a serem feitas".

"Não estamos suspendendo os protestos. Sempre afirmámos que a luta contra o aumento ia continuar até à revogação. Agora que a tarifa baixou, vamos dar continuidade à luta, pela tarifa zero", concluem.

Um dia antes, um dos elementos da organização do MPL tinha explicado que a suspensão dos protestos se devia ao facto de as manifestações dos últimos dias terem sido “infiltradas por grupos conservadores” que defendiam propostas como a redução da maioridade penal e a criminalização do aborto.

Grupos de direita estavam a juntar-se aos protestos com cartazes e reivindicações que não representavam o MPL, gerando preocupação entre os activistas daquele movimento. Agora, o Movimento Passe Livre diz que quer obter mais vitórias e que vai continuar nas ruas, porque "só a luta muda a vida", remata.

A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, prometeu entretanto que negociará com governadores e prefeitos um “grande pacto” em torno da melhoria dos serviços públicos e para elaborar um “plano nacional de transporte urbano”, em resposta às manifestações.

“Irei conversar nos próximos dias com os chefes, governadores e prefeitos para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos e a elaboração do plano nacional de transporte urbano”, afirmou a Presidente brasileira durante uma comunicação ao país.
 
 
 
 

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