}

Um milhão de brasileiros saíram à rua

Protestos na quinta-feira em quase 80 cidades. Dilma Rousseff convocou reunião com os ministros mais próximos para analisar protestos.

Fotogaleria
Marcha no Rio de Janeiro TASSO MARCLEO/AFP
Fotogaleria
Manifestantes junto ao Itamaraty Beto Barata/AFP
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria

Um manifestante de 18 anos foi morto por atropelamento, em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, por um condutor irritado com os protestos que avançou contra manifestantes, ferindo vários. Foi o primeiro caso de morte da actual vaga de contestação. Pelo menos 77 pessoas ficaram feridas, 55 delas no Rio de Janeiro, segundo o jornal Estado de São Paulo. Em pelo menos 13 cidades, os protestos de quinta-feira resvalaram para os confrontos.

A Presidente, Dilma Rousseff, que já tinha adiado uma visita ao Japão prevista para a próxima semana, convocou para esta sexta-feira uma reunião com os ministros mais próximos para analisar os protestos.

Um dos episódios dos protestos de quinta-feira - que ocorreram em 75 cidades, segundo o jornal Estado de São Paulofoi a tentativa de invasão do Palácio do Itamaraty, onde funciona o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. A polícia conteve os manifestantes com gás lacrimogéneo mas foram partidas dezenas de janelas e portas envidraçadas do edifício projectado pelo arquitecto Oscar Niemeyer. Os agentes repeliram também manifestantes que forçaram uma barreira policial montada junto ao Congresso Nacional.

Em nove capitais de estado houve, segundo a Folha de São Paulo, ataques ou tentativas de destruição de edifícios públicos como sedes de prefeituras e de governo local, Assembleia Legislativa ou Tribunal de Justiça.

Apesar de 14 cidades terem anunciado nos últimos dois dias redução do preço dos transportes públicos, foram os aumentos de preços a desencadear a vaga de protestos que mobilizaram um milhão de pessoas, de acordo com a generalidade da imprensa brasileira. As maiores concentrações ocorreram no Rio de Janeiro, com cerca de 300 mil pessoas, São Paulo, 110 mil, Vitória, 100 mil, e Recife, 52 mil.

No Rio, onde uma maré humana se manifestou de modo pacífico, houve depois confrontos violentos juntos à prefeitura entre um grupo de manifestantes radicais e a polícia. Um dos feridos – há números divergentes – é um jornalista da TV Globo, atingindo na cabeça por uma bala de borracha. Foram partidas montras e pilhada pelo menos uma loja.

Em São Paulo não houve confrontos e “o tom de festa venceu”, segundo o Estadão. O jornal escreveu que os únicos conflitos ocorreram entre participantes na manifestação, “grupos apartidários e militantes do PT [Partido dos Trabalhadores] e de outras siglas que tentavam exibir as [suas] bandeiras”.
 
 

Sugerir correcção
Comentar