Alunos do Porto Santo não realizaram exame devido à greve dos professores
Adesão, inferior a 50% na Madeira, ficou abaixo das expectativas do sindicato.
A adesão dos professores da Madeira à greve, numa percentagem inferior a 50%, ficou aquém das expectativas do Sindicato dos Professores da Madeira, revelou a sua coordenadora Sofia Canha ao PÚBLICO. “Esta adesão não expressa o descontentamento dos professores para os quais a greve deveria ser encarada como uma oportunidade de reverter o curso das políticas erradas do governo da República no sector da educação”, lamenta.
Acima da média regional, a dirigente sindical destaca a elevada participação dos professores das escolas secundárias do Porto Santo (100%), do Carmo (75%), da Francisco Franco e Calheta (50%) e, ao nível do 1º ciclo, do Faial (100%), Maroços e Ilhéus (87%).
“Infelizmente há a ideia de que os direitos dos professores estão salvaguardados pelo governo regional, que não tem espaço de manobra, como tem sido cabalmente demonstrado, para adoptar políticas diferentes das fixadas a nível nacional”, conclui Sofia Canha.
Segundo o secretário regional da Educação, Jaime Freitas, o processo de exames nas escolas madeirenses estava a correr "muito bem". Ainda sem dados suficientes para fazer um balanço global dos efeitos da greve na região, o governante declarou que, na visita a duas escolas, teve oportunidade de verificar que houve professores a comparecerem "massivamente" nas escolas, apesar de estarem solidários com a jornada sindical, para não prejudicarem os alunos. "Temos de estar todos gratos por esse esforço que os professores fizeram em prol dos seus alunos", frisou.
No arquipélago da Madeira, estavam inscritos 2254 nos diferentes exames nacionais.